Metade da temporada da Fórmula 1: o que esperar em 2025?
por Matheus Oliveira | por Matheus Oliveira

Neste próximo final de semana, será disputado o Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1, a décima terceira etapa das 24 que estão marcadas para a temporada de 2025, ou seja, chegamos à metade da competição, o que nos permite fazer uma análise mais profunda do que aconteceu até aqui, para facilitar os prognósticos futuros.
Gabriel Bortoleto: melhor que o esperado
A Sauber apresentou o pior carro da última temporada. Por isso, quando o piloto brasileiro Gabriel Bortoleto assinou com a equipe, as expectativas eram muito baixas, e terminar as corridas mais afastado possível da última posição já poderia ser considerado uma vitória, dado que, além de tudo, Bortoleto era o novato com a menor experiência entre todos os estreantes do grid.
No entanto, a equipe suíça não parou de adicionar profissionais relevantes ao seu desenvolvimento, que foi mais ágil e impulsionado devido aos feedbacks certeiros do experiente piloto alemão Nico Hülkenberg, já habituado a pilotar carros do final do grid.
Tudo isso levou Bortoleto a melhorar consistentemente durante as classificações e, somado à sua experiência e à melhora de performance do carro após receber uma atualização aerodinâmica que tornou a Sauber mais estável e previsível, o piloto brasileiro chegou na oitava colocação no Grande Prêmio da Áustria, conquistando os seus primeiros pontos na categoria, sendo eleito o piloto do final de semana via voto popular e aumentando as expectativas para a segunda metade da competição.
A Red Bull não para de perder peças
Desde a sua entrada na Fórmula 1, a equipe Red Bull é tida como um time de evolução constante. No entanto, esse processo está em um notório retrocesso, perdendo profissionais gabaritados que fazem total diferença no conjunto, desde o renomado engenheiro Adrian Newey até o diretor esportivo Jonathan Wheatley.
Mais recentemente, Christian Horner foi demitido do cargo de diretor executivo da Red Bull Racing, dado que, em meio aos escândalos de abusos e choque com outras peças importantes para a equipe, a sua presença não se justifica se os resultados não são os esperados.
Em meio a uma grande debandada de profissionais, o piloto neerlandês Max Verstappen, tetracampeão da categoria e o único que parece conseguir tirar algum proveito de um carro que está longe dos melhores do grid, começa a ser sondado para deixar o time em 2026, em um famigerado e conhecido processo onde "o último que sair apaga a luz".
McLaren reina soberana na temporada
Em contrapartida, nada parece atrapalhar a equipe McLaren, que vai em busca do seu bicampeonato consecutivo de construtores. Ainda que uma série de normas tenham sido alteradas visando adicionar mais competitividade e mitigar qualquer avanço isolado da equipe Papaia, definitivamente, essas mudanças não foram capazes de tirar o time de Zak Brown da ponta da categoria.
No entanto, a grande dificuldade passa a ser gerenciar o ego dos seus pilotos, tendo em vista que Lando Norris esperava, de uma vez por todas, se lançar como favorito à conquista do título mundial de piloto. Já o seu companheiro de equipe, o jovem australiano Oscar Piastri, tem se apresentado de forma mais constante e se mantém na liderança da competição.
A disputa interna entre os pilotos, que chegou ao seu ápice com Norris batendo de forma bizarra em Piastri no Grande Prêmio do Canadá, promete ter alguns momentos mais tensos, já que a McLaren se recusa a definir papéis de primeiro e segundo piloto de forma clara, liberando os dois postulantes ao título para duelar durante as provas.
O desenvolvimento dos carros para 2026
Um ponto que é importante destacar é que o regulamento dos carros da Fórmula 1 muda para 2026, quando teremos projetos completamente novos. Por isso, nesta segunda metade de temporada, as equipes devem focar a maior parte dos seus esforços em desenvolvimento pensando no próximo ano, criando uma certa estagnação de atualizações para as próximas corridas, ao menos no que se trata de upgrades mais profundos.
Diante deste cenário, é provável que a disputa da temporada 2025 deva seguir os rumos que foram apresentados até o momento, aumentando a previsibilidade, mas reduzindo o valor das odds mais óbvias. Deste modo, outros aspectos paralelos aos carros, relacionados ao histórico das pistas, performance de momento dos pilotos e até mesmo à meteorologia, começam a ser mais relevantes.
Por isso, é mais interessante ficar atenta às análises dos nossos especialistas com os prognósticos para as próximas corridas, considerando não só os palpites mais triviais e esperados, mas também os melhores mercados e as odds mais convidativas a cada etapa, facilitando na hora de balizar e embasar ainda mais as suas apostas.